quinta-feira, 29 de março de 2007

Um olhar global sobre educar... informalmente!


A educação é pessoal e invisível, mas transmissível por actos e obras, e é aqui que se pode vogar o Ser em relação, na mediada em que não pode existir um Eu sem um Tu, o que leva a que cada ser seja um com os Outros.
A Educação nasce e deve crescer dentro do ego de cada um. Ninguém tem educação para vender, mas pode ter exemplos de vida para mostrar...
Caminhando para um campo mais científico e categórico podemos falar de três tipos de educação: educação formal, informal e não informal. Quanto à primeira dá-se uma transmissão ou uma colocação de um determinado saber, como por exemplo a escola, a catequese; a segunda faz-se a partir de um jogo aleatório do interesse individual, assim, o método empregue tem por base a personalidade do aprendiz, as suas motivações, as suas crenças. Relativamente à educação não formal está latente nas associações não escolares, como por exemplo debates entre amigos ou mesmo em palestras de carisma informal.
Deste modo faz sentido existir/criar uma licenciatura que esteja mais centrada na educação informal na qual, fazem parte as experiências de cada um e, não apenas uma instituição escolar mas, uma escola de vida. Falar de licenciatura é falar de um campo específico de acção e intervenção social em que esse azo constituiu um mercado de trabalho.
O desafio que lhe foi lançado no seu nascimento é o de conseguir transformar o seu campo de acção social “natural” num mercado de trabalho real, ou seja, numa área de emprego para os seus licenciados, com as condições de combater problemas e necessidades do campo da acção social, já que é visto como um potencial mercado de trabalho; criar inventários que possam ser investigáveis e analisáveis cientificamente dos problemas típicos das áreas de inserção profissional; formar e orientar linhas de conduta sobre temas e problemas próprios da inserção social; outra das condições baseia-se na consolidação das estruturas de estágio - só um estágio forte e consistente pode formar e moldar o indivíduo de forma a o tornar apto para o mercado de trabalho.
Pensar que toda a gente por boa vontade e com uns “pós mágicos” à mistura pode resolver os problemas fora da sua área de intervenção, é criar vazios encobertos por películas de incompetência no mundo do mercado.
O verdadeiro alicerce de uma Licenciatura em Educação parte do trabalho, do entusiasmo e da abertura de coração com que cada um reveste e mobila a sua casa educacional.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Educação nos seus diferentes ângulos


É importante sublinhar de que forma alguns autores definem as noções de Educação Formal, Educação Informal e Educação Não-Formal. Segundo P. Coombs & Ahmed (1975) in PALHARES, José Augusto (2004) educação informal é “un processo que dura toda la vida y en el que las personas adquieren y acumulan conocimientos, habilidades, actitudes y modos de descernimiento mediante las experiencias diarias y su relación el medio ambiente”; educação formal é entendida como “el ‘sistema educativo’ altamente institucionalizado, cronológicamente graduado y jerárquicamente estructurado que se extiende desde los primeros años de la escuela primaria hasta los últimos años de la Universidad”, e educação não-formal como “toda actividad organizada, sistemática, educativa, realizada fuera del marco del sistema oficial, para facilitar determinadas clases de aprendizaje a subgrupos particulares de la población, tanto adultos como niños”.
A educação não se cinge apenas à escola e ao seu universo como aparelho reprodutor e reflector da sociedade em que vivemos; não se refere apenas àquela educação que é desenvolvida nas escolas e que quase sempre se caracteriza por ter objectivos de ensino-aprendizagem, por ter horários, tempos lectivos, por ter professores e alunos, ambos desempenhando papéis, por valorizar principalmente um conhecimento académico, por ter um curriculum, por ter uma avaliação dos conteúdos e por emitir diplomas e credenciais que servirão de moeda de troca no mercado de trabalho.
Educação é muito mais do que isto, existem outros contextos, também eles educativos, para além do contexto da Escola (instituição), contextos estes que designámos por informais e/ou não-formais.

Julgamos que é importante sublinhar a ideia que está presente na afirmação de Afonso (2003: 38) in PALHARES, José Augusto (2004) de que “mesmo numa escola tradicional pode haver alguns momentos de e espaços de educação e aprendizagem (informal e não-formal) que não estejam condicionados pela sequencialidade curricular, pela rigidez da programação, pela avaliação em função da certificação e da classificação, ou pelas assimetrias nas relações entre professores e alunos”. Não é só no espaço da sala de aula que se pode verificar educação, aprendizagem e troca de experiências por parte dos alunos. A escola acaba por englobar todas as formas de educação, se tivermos em conta que enquanto permanecem na escola também têm momentos de convívio nos espaços de recreio (educação informal) e também lhes são proporcionadas algumas visitas de estudo (educação não-formal), o que permite que haja uma menor consciência da formalidade e da rigidez imposta pelos horários, avaliações, e todas as outras características da escola.

sábado, 17 de março de 2007

A Animação Socioeducativa

Na actualidade regra geral temos uma noção errada do que são tempos livres e por este motivo não sabemos como ocupá-los ou quando os ocupámos não o fazemos de forma rentável. Este é um problema que vem corroendo as sociedades desde há vários anos, e que deriva de uma série de mudanças sociais, culturais e demográficas.
Assistimos a uma cada vez maior utilização do conceito de Animação Socioeducativa, pelo que se torna imperativo tentar perceber as razões que levaram ao crescente interesse por esta área, bem como as causas que levaram à sua emergência.
Respondendo à necessidade de formação permanente e simultaneamente na tentativa de reduzir o fosso entre diferentes grupos sociais, surge em França esta forma de intervenção social.
A preocupação em ocupar o tempo livre, que cada vez é maior, de uma forma criativa mas, simultaneamente educativa e proveitosa conduz-nos a uma reflexão sobre a forma e as actividades mais oportunas a desenvolver.
Tal como refere Ezequiel Ander-Egg em “Metodología y prática de la animación sociocultural”, “(...) el hombre contemporáneo está como «aprisionado» en el llamado «tiempo libre». Un tiempo que pretende ser libre, pero que no lo es ya sea porque no se sabe emplear, o bien, como ya se dijo, porque es aprovechado como ámbito privilegiado para la manipulación de la gente. Es cierto que algunos dedican ese tiempo a leer, pintar, escuchar música, gozar de la naturaleza..., pero ello no es la tónica general. En estos casos habría que preguntarse qué leen, qué música escuchan, etc., porque ninguna actividad es, en sí misma, una forma de ayuda para el propio desarrollo” (pág.34). Há hoje em dia um mau aproveitamento dos tempos livres devido a uma série de mudanças às quais a sociedade ainda não se adaptou.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Mensagem de Boas-Vindas!!!!

Blogistas:

D. Elhers dizia: "Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela." Na Unidade Curricular de Animação Socioeducativa e Intervenção Comunitária prometemos colher as sementes e distribuir a seara! Quando brotarem as flores do nosso esforço as partilharemos para que todas as borboletas a possam sobrevoar!!!