quinta-feira, 22 de março de 2007

Educação nos seus diferentes ângulos


É importante sublinhar de que forma alguns autores definem as noções de Educação Formal, Educação Informal e Educação Não-Formal. Segundo P. Coombs & Ahmed (1975) in PALHARES, José Augusto (2004) educação informal é “un processo que dura toda la vida y en el que las personas adquieren y acumulan conocimientos, habilidades, actitudes y modos de descernimiento mediante las experiencias diarias y su relación el medio ambiente”; educação formal é entendida como “el ‘sistema educativo’ altamente institucionalizado, cronológicamente graduado y jerárquicamente estructurado que se extiende desde los primeros años de la escuela primaria hasta los últimos años de la Universidad”, e educação não-formal como “toda actividad organizada, sistemática, educativa, realizada fuera del marco del sistema oficial, para facilitar determinadas clases de aprendizaje a subgrupos particulares de la población, tanto adultos como niños”.
A educação não se cinge apenas à escola e ao seu universo como aparelho reprodutor e reflector da sociedade em que vivemos; não se refere apenas àquela educação que é desenvolvida nas escolas e que quase sempre se caracteriza por ter objectivos de ensino-aprendizagem, por ter horários, tempos lectivos, por ter professores e alunos, ambos desempenhando papéis, por valorizar principalmente um conhecimento académico, por ter um curriculum, por ter uma avaliação dos conteúdos e por emitir diplomas e credenciais que servirão de moeda de troca no mercado de trabalho.
Educação é muito mais do que isto, existem outros contextos, também eles educativos, para além do contexto da Escola (instituição), contextos estes que designámos por informais e/ou não-formais.

Julgamos que é importante sublinhar a ideia que está presente na afirmação de Afonso (2003: 38) in PALHARES, José Augusto (2004) de que “mesmo numa escola tradicional pode haver alguns momentos de e espaços de educação e aprendizagem (informal e não-formal) que não estejam condicionados pela sequencialidade curricular, pela rigidez da programação, pela avaliação em função da certificação e da classificação, ou pelas assimetrias nas relações entre professores e alunos”. Não é só no espaço da sala de aula que se pode verificar educação, aprendizagem e troca de experiências por parte dos alunos. A escola acaba por englobar todas as formas de educação, se tivermos em conta que enquanto permanecem na escola também têm momentos de convívio nos espaços de recreio (educação informal) e também lhes são proporcionadas algumas visitas de estudo (educação não-formal), o que permite que haja uma menor consciência da formalidade e da rigidez imposta pelos horários, avaliações, e todas as outras características da escola.

4 comentários:

Clara Coutinho disse...

Olá grupo das meninas e do menino (peço desculpa mas na semana passada cometi uma gaffe..)
Quero dizer-vos que postaram um excelente contributo que revela não só que dominam este assunto mas que conseguem tecer sobre ele uma reflexão critica bem fundamentada.
O único repara é para a forma de citar. Vou exemplificar:
Segundo Coombs & Ahmed (1975, citado em Palhares, 2004).... Perceberam? Se usarem palavras textuais devem depois da data da fonte primária colocar a página(nesta caso Palhares, 2004, p...)
Fui clara?

Clara Coutinho disse...

Acabo de fazer um comentário mas não foi publicado. O que aconteceu?

Clara Coutinho disse...

É verdade! Gosto muito do visual do vosso blogue! Parabéns!

ANIMANIACS disse...

A razão pela qual moderavamos o nosso blog prendia-se pelo facto de que, se não o fizermos, não visualizaremos a verificação de palavras a inserir nos comentários. Apesar disso, os comentários serão publicados automaticamente.